Um dos legados da COP30 é de que o mundo que clama por futuros mais sustentáveis. E o cinema se firma como uma poderosa ferramenta de reflexão e transformação. É com essa premissa que a 15ª Mostra Cinema e Direitos Humanos chega ao CCBB Brasília, entre os dias 27 e 30 de novembro, com uma programação diversa e totalmente gratuita. Sob o tema “Direitos humanos e emergência climática: rumo a um futuro sustentável”, o evento nos convida a um mergulho profundo nas questões que moldam nosso presente e definirão nosso amanhã.

Com uma curadoria que valoriza a diversidade de vozes e olhares, a mostra traz para a tela grande as narrativas de cineastas indígenas, quilombolas e ribeirinhos, que há séculos resistem à exploração predatória do planeta. São filmes que nos conectam com a urgência da crise ambiental, a importância da justiça climática e a sabedoria dos modos de vida que florescem em harmonia com a natureza.

Destaques da programação

A abertura da mostra, no dia 27, às 18h, será marcada pela exibição de “Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá”, da cineasta Sueli Maxakali, grande homenageada desta edição. O documentário, premiado em diversos festivais, retrata a busca da diretora por seu pai, separado da família durante a ditadura militar, e é um testemunho da força da memória e da identidade indígena.

As sessões temáticas são um convite à parte para explorar diferentes dimensões da relação entre humanidade e natureza. Haverá sessões infantis com filmes como “No início do mundo”, para aproximar os pequenos do debate ambiental de forma lúdica e sensível. já a Sessão Nêgo Bispo, dedicada à reflexão sobre a terra, convida o público a mergulhar na visão quilombola e na profunda relação entre comunidade e território. A Sessão Antônia Melo, inspirada nas águas, reúne filmes que discutem questões hídricas e a urgência de proteger nossos rios. Fechando o circuito, a Sessão Raoni presta homenagem à floresta, com obras que celebram a resistência indígena e a defesa da Amazônia.


                                          Filme "No Início do Mundo"/ divulgação

Além das exibições, a mostra promove debates com os realizadores, criando um espaço de diálogo e troca de experiências. E a acessibilidade é um compromisso: todos os filmes contam com Libras e legendagem para surdos e ensurdecidos.

Filme "Ainda Há Moradores Aqui"/ divulgação

As discussões sobre emergência climática nunca foram tão urgentes, o que torna a Mostra Cinema e Direitos Humanos um evento ainda mais essencial. É um convite para abrirmos os olhos, os ouvidos e o coração para as histórias que o cinema tem o poder de contar. Nos vemos lá!