Ressignificar o passado e manter o coração bom 

Redação: Maíra Valério e Bárbara Noleto
Edição: #DF73
Fotos: Isabelle Araújo

Em uma tarde ensolarada de agosto, Tamerson Jordan adentra o escritório da Traços discretamente, para ser entrevistado para esta matéria. Essa não é a primeira vez que o homem alto, quieto e de semblante amigável visita a sede da revista: este ano, ele se tornou Porta-Voz da Cultura, o que significa intimidade com a sede do projeto, local de tantas reuniões, encontros, atendimentos e outras atividades.

Sentado na varanda de uma das salas, observando árvores, pássaros e nuvens, o morador do Gama, de 34 anos, afirma ser mais um dos vários Porta-Vozes que chegaram até a revista por meio do veterano Edimundo – conhecido por aí como Seu Ed. “Ele falou da Traços, que era um meio de trabalho que é sério, né? Ele sabe que eu tava precisando de uma renda, que a minha vida estava um pouco difícil”, relata. “Aí tem esse espaço [esta seção 3x4], que também achei interessante, que a gente pode contar nossa história. E bateu a vontade de conhecer, de tentar. Porque você não sabe se vai dar certo se você não tentar, você tem que tentar para saber. Então, através dessa oportunidade, cheguei até aqui e conheci o pessoal”, acrescenta.

Tamerson relembra, então, a primeira ida ao escritório, muito antes do dia desta entrevista: “Cheguei e olhei a galera animada, todo mundo sorrindo. Aí, assim, me passou uma confiança também, né?”, diz. Na Traços, ele encontrou não apenas acolhimento ou atendimento psicossocial, mas...[SAIBA MAIS!]