MOSTRAR BARRA LATERAL
ECO | KAÊ GUAJAJARA

Povos originários ganham representatividade no rap.

 

Por: Amanda Pinheiro
Edição: #RJ14

 

 

O rap como ferramenta de visibilizar as causas dos povos indígenas. Esse é um dos fios condutores da vida da cantora e compositora Kaê Guajajara, um dos expoentes da Música Popular Originária (MPO). Radicada no Rio de Janeiro desde os 8 anos de idade, ela, que também é escritora e atriz, veio de Mirinzal, no Maranhão, e cresceu no conjunto de favelas da Maré. Além das dificuldades de estar em outra cidade, ela precisou se habituar com os costumes que, até então, eram novos e, infelizmente, o preconceito.


— No Maranhão, lá na cidade de Mirinzal, eu morava em um território não demarcado da etnia Guajajara. Quando cheguei ao Rio de Janeiro foi bem complicado, porque eu tive que aprender a usar roupas, sutiã, andar com sapato, códigos de convivência. Depois, comecei a ir para a escola, coisa que nunca tinha feito, e lidei com situações bem racistas. Me chamavam de mãe natureza, porque eu usava cordões de sementes, também me apelidaram de macumbeira, e eu nem...[SAIBA MAIS!]