Cena Contemporânea 2024: 25 anos de teatro, dança e música nos palcos de Brasília
A programação do Cena Contemporânea 2024 ocupa espaços e oferece espetáculos gratuitos nos Sesc, além de atividades formativas.
A 25ª edição do Cena Contemporânea- Festival Internacional de Teatro de Brasília traz de volta à cidade uma programação de teatro, dança e música que reúne o melhor da produção local, nacional e internacional. De 5 a 17 de novembro, o evento, que já é tradição no Distrito Federal, ocupa espaços emblemáticos, como o Espaço Cultural Renato Russo, Teatro dos Bancários, Cine Brasília, Centro Cultural da ADUnB. Nas unidades do Sesc em Taguatinga e Ceilândia a entrada para os espetáculos é gratuita.
Durante a abertura, o curador e diretor do festival, Guilherme Reis, ressaltou as grandes dificuldades que o setor enfrentou nos anos recentes. “O Cena é uma atividade bastante diferente de um festival de música por exemplo, que atrai um interesse muito maior de marcas, de público, ou de um festival de cinema, que a gente adora, mas que tem outra mecânica”.
Guilherme acredita, no entanto, na importância de oferecer ao público a possibilidade do contato com as artes cênicas. “ O teatro tem esse poder, às vezes uma palavra dita, às vezes um movimento, às vezes uma imagem muda a vida de uma pessoa, e a gente tem muitos depoimentos disso. Eu tenho certeza, eu acho que nós aqui temos certeza, de que mobiliza energias muito bacanas numa cidade”, completa.
Programação diversificada
Abrindo o festival, Deserto, espetáculo dirigido por Luiz Felipe Reis e baseado na obra do escritor chileno Roberto Bolaño, mergulha na psique do autor em seus últimos anos, enquanto tentava finalizar o longo romance 2666. No monólogo protagonizado por Renato Livera, o público é convidado a explorar os temas profundos e inquietantes da obra de Bolaño.
A segunda semana traz o Programa Cena Petrobras no Cine Brasília, onde Paulo Miklos apresenta um show que mescla músicas de sua carreira solo e clássicos dos Titãs. Duas exibições cinematográficas acontecem em paralelo: Reas, um documentário musical da argentina Lola Arias, e O Diabo na Rua no Meio do Redemunho, adaptação da diretora Bia Lessa da obra de Guimarães Rosa.
A programação também destaca espetáculos nacionais que celebram a cultura e ancestralidade, como Nzinga, que narra a luta de uma rainha angolana do século 18 contra a dominação portuguesa, e Azira’i, que rendeu à atriz Zahy Tentehar o Prêmio Shell.
Na cena local, o festival apresenta Memória Matriz da Cia. Lumiato e Danúbio de Jonathan Andrade, além de outras montagens que ressaltam a riqueza e diversidade da produção teatral de Brasília.
Atividades formativas
Este ano, o festival oferece atividades que prometem acolher não só os artistas, mas o público em geral e de perfil diversificado. A começar pelas oficinas O corpo do autor, desenvolvidas pelo argentino Martín Cárdenas Flores, Escuta em movimento, com a coreógrafa e performer canadense Heidi Strauss, e Tempo Rei, com o ator e diretor Aury Porto, dedicado a jovens e idosos.
Há, também, uma residência artística com a atriz, diretora e tradutora brasileira Giovana Soar, que vai dirigir uma leitura dramática da obra No Canal à Esquerda, do autor Alex Van Warmerdam, como parte do lançamento do projeto de Internacionalização de Dramaturgias, emparceria com o Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil e a editora Cobogó.
Por fim, nos dias 11 e 16/11, haverá os Encontros do Cena, um espaço para debater e aprofundar temas como literatura e teatro, ancestralidade e identidade, etarismo, sempre sob a luz da criação cênica. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do Cena Contemporânea.
Deserto abriu o Festival. O espetáculo, dirigido por Luiz Felipe Reis e baseado na obra do escritor chileno Roberto Bolaño, mergulha na psique do autor em seus últimos anos, enquanto tentava finalizar o longo romance 2666. No monólogo protagonizado por Renato Livera, o público é convidado a explorar os temas profundos e inquietantes da obra de Bolaño.
A segunda semana traz o Programa Cena Petrobras no Cine Brasília, onde Paulo Miklos apresenta um show que mescla músicas de sua carreira solo e clássicos dos Titãs. Em paralelo, duas exibições cinematográficas prometem emocionar: Reas, um documentário musical da argentina Lola Arias, e O Diabo na Rua no Meio do Redemunho, adaptação da diretora Bia Lessa da obra de Guimarães Rosa.
A programação também destaca espetáculos nacionais que celebram a cultura e ancestralidade, como Nzinga, que narra a luta de uma rainha angolana do século 18 contra a dominação portuguesa, e Azira’i, que rendeu à atriz Zahy Tentehar o Prêmio Shell.
Por: Mariana Vieira e Sara Barreto
Fotos: Sara Barreto
Serviço
Festival Cena Contemporânea 2024
Data: 5 a 17 de novembro
Locais: Espaço Cultural Renato Russo, Teatro dos Bancários, Centro Cultural da ADUnB, Cine Brasília e unidades do Sesc (504 Sul, Taguatinga e Ceilândia)
Ingressos: Vendas e programação completa no site do festival