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COMA: fortalecendo conexões artísticas

COMA: fortalecendo conexões artísticas 

 

Por: Marianna França
Colaboração:
Bernardo Guerra e Larissa Montel
Fotos:
Bené França

 

Esta sexta-feira (6) reforçou ainda mais o vínculo COMA e Traços quando se trata, principalmente, de fomentar conversas que visam uma transformação social por meio da cultura, da criatividade e dos encontros poéticos. Durante mais um dia de
festival, a Conferência COMA levou debates, mentorias, oficinas e muito conhecimento para o público.

A primeira mesa da conferência desta sexta-feira, A importância dos Circuitos Culturais Públicos para a vida de uma Cidade, começou com Cláudio Abrantes, Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF, explicando a relevância das ações dos agentes culturais para fortalecer o setor criativo.

O debate seguinte contou com a presença do cenógrafo Andrey Hermuche e do artista visual Batman Zavareze. Dois artistas que, respectivamente, já estamparam as capas da revista Traços BSB e RJ! A troca, intitulada Eu me Interesso pelas Coisas que Nunca Fiz, foi um encontro filosófico sobre criatividade e histórias de vida. Além de dialogarem sobre o ímpeto dos dois em se moverem em direção ao desconhecido, eles mostraram como as mudanças que acontecem no cotidiano entrelaçam o fazer artístico.

Por exemplo, Hermuche, conhecido por criar a cenografia de grandes eventos de Brasília, destacou como a reflexão sobre o cotidiano é parte essencial para desenhar ideias de projetos criativos:

“Eu queria trazer pra vocês um pouco dessa reflexão. Sobre os fundamentos e a organização e a predisposição de poetizar dentro da potência da experiência de vida que cada um teve, que cada um tá executando dentro da sua atividade, que isso nos faz pessoas criativas a medida do momento em que a gente se pré-dispõe a ter uma leitura de conexão. Essa inovação acontece todos os dias dentro de nós. Assim, falar de inovação, falar de transcendência, botar de uma maneira silenciosa, não explícita, eu acredito muito nisso. Acho que é isso que me faz me mover pra tentar contribuir nesses contextos criativos, né?”, disse.

Já Zavareze, também responsável por cenografias de grandes expoentes nacionais e internacionais, dissertou sobre a importância que ele vê em partilhar experiências com o público.

“As coisas que eu desejo, eu não falo muito profissionalmente, ou das coisas que me alimentam e que me sustentam pra ficar em pé mesmo quando o dedo do pé está doendo pra caralho. É me alimentar de algo que eu não faço a menor ideia do que seja, mas que vai mexer comigo e que de alguma maneira vai afetar pessoas que eu desconheço ”, explicou.

Essas foram apenas algumas partes das atividades que marcaram presença na programação do COMA e fizeram ponte entre o público, a arte e a cultura nesta sexta-feira. Além das conversas sobre o meio cultural, para esquentar os palcos do festival, rolou mais um dia de showcase e DJcase com artistas da cidade, incluindo nomes que já foram matérias das páginas da Traços Brasília, como Flor Furacão e Haynna. Ambas são mulheres empoderadas que usam a música como forma de protesto e conscientização sobre questões LGBTQIAPN+ e raça.

O dia terminou com A FESTA DAS FESTAS, o melhor da noite brasiliense em um lugar só! O evento contou os projetos Filhos de Guetta, Sistema Criolina, Perde a Linha e Underbaile.

No sábado (7), a programação do COMA começa a se voltar, em peso, para a música. Serão dois dias recheados de muita música com artistas da capital federal, do Brasil e do mundo, além de teatro, cinema e muito mais.

 


Confira a programação completa no site do Festival COMA:
www.festivalcoma.com.br